quarta-feira, fevereiro 14

Informação de última hora

As autoridades ordeiras capturaram no sábado passado um grupo de desordeiros que pretendiam sabotar o referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. O grupo, com sede entre o Largo do Caldas e o Patriarcado, encontrava-se referenciado pelas agências anti-terrorismo político internacional, como sendo ligado às facções vaticanas da Al-Qaeda e detinha uma célula operativa na capital que tinha ao seu dispôr um sem número de bases logísticas sabiamente dispostas segundo um leque de serviços localizados numa base de proximidade geográfica. Foram detidos para serem presentes a juizo algumas personalidades do grupo.
O grupo preparava-se para, antes do escrutínio ter início, enviar comandos da marinha de guerra, exército, força aérea e brigada mista sem manteiga de amendoim, para as assembleias de voto de molde a impedir o sufrágio.
A detenção do Sultão Abdelrapaulo Portam,



perigoso radical que consolidara recentemente a sua rede de ligações à CIA, Opus Dei, Clube do Rato Mickey, Opus Gay e Rua Sésamo (numa clara e singela e esse ícone da transsexualidade que de Poupas passou a Leopoldina)veio causar espanto e indignação junto dos Crúzios. O Padre Frederico terá mesmo exclamado: «Perdemos o melhor dos irmãos leigos, o mais dedicado dos fieis, aquele cujo exemplo nos dava força quando, num clima místico, dávamos curso, com grande dose de estoicismo e sofrimento, às duras provações da carne. Com que garbo ele se inclinava contricto, com que devoção ele abria a boca para receber a branca partícula, com que vigor ele reclamava,erguendo três dedos ao Alto, ter direito a três mortificações da carne diárias.» Terá dito ainda o já citado sacerdote.
Igualmente indiciada pelo crime de escutas ilegais foi a Abadessa das Vicentinas do Rato por ter cedido a arrecadação do salão de Chá das Tias para esconder um serviço de escutas dirigido à sede do Bloco de Esquerda que se encontra nas vizinhanças.
Segundo Veiga Simão, esta acção só foi possível na medida em que as autoridades ordeiras contaram com a preciosa colaboração de Zita Seabra,



agente da contra-contra-contra-contra-contra-contra-espionagem (acho que ficou com um contra a mais. Ela ainda não mudou tantas vezes assim de casaca) que,depois de, em 1987, ter defendido a interrupção voluntária da gravidez, vestiu agora a pele de mastim acérrimo do não.

Sem comentários: