quinta-feira, abril 5

António de Oliveira Salazar: Toda a verdade.


Depois de muitas e variadas diatríbes sobre a vitória de António de oliveira Salazar no concurso promovido pelo Serviço Público de Latrinas, é nosso dever informar a população do seguinte:

O CONCURSO FOI UMA FARSA


E foi uma farsa porque o nosso botinhas não era elegível pela simples razão de estar vivo. Com efeito, e à semelhança de outros grandes vultos de tendências nazi, fascista e estado novista (aqui o estado noveiro até ficava giro como neologismo), Salazar iludiu a vigilância e refugiou-se em lugar seguro.
É motivo de grande orgulho para o escrevinhador deste blog revelar aqui, exactamente aqui, neste blog onde ora vos encontraides, os pormenores de uma verdade que, por chocante e incómoda, nunca antes foi revelada.
A OPERAÇÃO SANTA COMBA DÃO (assim designada em homenagem à Operação Odessa) foi cuidadosamente preparada, meticulosamente executada e desenvolveu-se segundo as fases que agora passamos a descrever:

A - Salazar encena uma queda da cadeira:
Inicialmente a queda tinha sido pensada como uma medida proteccionista da indústria do móvel de Paços de Ferreira e enquanto denúncia da fragilidade dos móveis dos estilistas italianos da Divani & Divani. Porém, a repercussão da queda (foi ouvida do Minho a Timor e teve mais eco do que os sinos da velha Goa e do que as bombardas de Diu) foi tamanha e tal que os responsáveis do Estado Novo decidiram poupar nos efeitos especiais.

B - Salazar foge do Hospital da Cruz Vermelha mascarado de Maria Barroso com o uniforme fetichista de enfermeira. Recentes investigações vindas a público permitem-nos afirmar ser o uniforme da foto uma réplica perfeita do então utilizado. Por motivos que se prendem com a protecção da imagem icónica do ilustre santacombense não iremos aqui mostrar as botas de salto alto de vinyl branco então usadas. Contudo, e consultada a ficha clínica do Hospital da Cruz Vermelha, podemos afirmar que da factura apresentada ao Estado Português constam vinte e quatro embalagem de máquinas de barbear descartáveis do Dia (a poupança, sempre a poupança).

C - Salazar refugia-se temporariamente no Carmelo. Aí teria tido uma relacção de grande intimidade e cumplicidade com a Irmã Lúcia. Esta última que também tinha um fetiche com uniformes e com homens dominadores, viria mais tarde a escrever uma carta em que considerava ser o vencedor do já mencionado concurso o homem indicado para segurar as rédeas da nação. No decorrer das nossas investigações recolhemos um testemunho que refere terem sido usados nesse encontro uma sela à inglesa (homenagem à mais velha aliança política ainda em vigor: a luso-Britânica), dois chicotes (um de seda e um de eclesiástico burel), umas rédeas de couro com freios e alamares de prata propriedade da Coudelaria de Alter e um strap-on em forma de trombinha de elefante.

D - Salazar viaja num paquete da Companhia Nacional de Navegação para o Brasil onde se sujeita a uma operação destinada a alterar a sua aparência física. Para além de implantes de silicone, terá sofrido igualmente um implante capilar, um tratamento à base de retinoides destinado a tratar dos problemas de acne e pontos negros, terá passado a usar unhas de gel com as carbonárias cores da Selecção Nacional (podia assim continuar a gritar «Portugal! Portugal!» sem correr o risco de ser detectado), teria engrossado os lábios com silicone, adoptado lentes de contacto estéticas e removido as rugas com botox, isto para além de uma depilação total a laser de molde a evitar pruridos e borbulhinhas como os ocorridos aquando da depilação realizada na Cruz Vermelha.

E - Salazar refugia-se na Argentina onde ainda hoje reside sob a falsa identidade de Luciana Salazar como o demonstra a fotografia abaixo publicada. Como se pode constatar, o uso de strap-on em forma de trombinha de elefante marcou de forma decisiva a sexualidade do vencedor do concurso.

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