segunda-feira, março 19

Paleografia Moderna V

Grande novidade esta, a dos elevadores exo-ignífugos. Esta pérola, do fundo do baú dos cartazes de elevador, pode ser contemplado no elevador de casa de um colega, entre a Estefânia e o Campo de Sant'Anna, quase em frente ao DIAP, mesmo em frente a um buraco urbano que a saloia esperteza municipal transformou em estacionamento a pagamento em vez de adaptar a espaço verde e construir um belíssimo miradouro sobre as colinas da Penha de França, da Senhora do Monte, da Graça e do Castelo antes de se espraiar ao fundo no Tejo. O número não o podemos revelar por ser um dado privado que poderia levar à identificação do colega que mora nesse prédio e eu sou arquivista de profissão e por isso sei que com os dados pessoais só brinca quem tem uma fundação por detrás.
São vários as dúvidas que me assaltam:
a) Será que se pode deitar cigarros, charutos, cachimbadas, brocas e outros fumógenos para os lados, para dentro ou mesmo para a parte de baixo das caixas de elevador?
b) Será que as caixas de elevador só podem pegar fogo perante a eminência de beatas e congéneres criteriosamente dispostas no seu cucuruto?
c) Será que o grau de combustibilidade do topo das caixas de elevador diminui se o cigarro for light?
d) E se for rapé, será que há a hipótese de não pegar fogo?
e) E se forem cigarros aditivadas com substancias alucinogéneas como extracto de Santana Lopes?
Pois é! Assim não dá!
O público tem o direito de ser informado e de ver esclarecidas as suas dúvidas quanto às probabilidades de acontecerem catástrofes, cataclismos, maiorias absolutas, desgraças e outros infortúnios vários consoante a opção tabágica e a trajectória balística dos paivantes adoptada.

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