
Muito se tem falado do título de Engenheiro de José Socrates, da bacoquice saloia de se pretender ser detentor de um título académico a qualquer preço, de mercearias de bairro com horário alargado de hipermercado que vendem diplomas de Dr. e Engenheiro aos domingos mas reservam os feriados para o comércio das honras académicas de doutorado. Tudo isto já foi dito, explicado, dissecado... Assim sendo, apenas gostaria de deixar aqui um soneto de alguém que foi grande por obras, cultura e nascimento e que por ser detentor natural dessa grandeza nunca precisou de ser cuco melharuco arvorado em pavão: Lorenzo dei Medici.
Cerchi chi vuol le pompe e gli altri onori,
le piazze, i templi e gli edifizi magni,
le delizie e il tesor, quale accompagni
mille duri pensier, mille dolori.
Un verde praticel pien de be' fiori,
un rivo che l'erbetta intorno bagni,
un augelletto che d'amor si lagni,
acqueta molto meglio i nostri ardori;
l'ombrose selve, i sassi e gli alti monti,
gli antri oscuri e le fere fuggitive,
qualche leggiadra ninfa paurosa:
quivi vegg'io con pensier vaghi e pronti
le belle luci come fussin vive,
qui me le toglie or una or altra cosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário